Governador Romeu Zema lança canção em defesa da Anistia aos condenados de 8 de Janeiro

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do partido Novo, divulgou nesta quarta-feira, 2, um vídeo que apresenta uma canção composta por inteligência artificial, a qual defende a anistia para os condenados pelos eventos ocorridos em 8 de janeiro. A música tem sido descrita por aliados como um “hino gospel”, refletindo o posicionamento do governador a favor do perdão aos indivíduos envolvidos nas manifestações golpistas, em meio à proximidade de uma nova convocação liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para um ato na Avenida Paulista no próximo domingo, 6.

Zema foi oficialmente convidado por Bolsonaro para participar do evento e está entre os governadores que farão discursos durante a manifestação. O governador mineiro se coloca como pré-candidato à presidência, caso o ex-presidente, atualmente inelegível, decida não concorrer nas próximas eleições. Fontes próximas a Zema relatam que ele demonstra desconforto com o que considera um viés político por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) nos processos envolvendo Bolsonaro e outros réus, incluindo uma cabeleireira que fez uso de batom para inscrever a frase “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça” durante os tumultos.

A letra da canção proposta por Zema traz uma mensagem clara sobre sua visão política. “Está na hora da gente escolher que Brasil vai prevalecer. Se é o país onde o justo é punido ou onde o povo é protegido. Se é um país onde bandido é solto e o rival vai preso, com medo do voto. Se é o Brasil do mal ou do bem. O que separa ou que vem”, expressa a letra.

Prosseguindo na sua mensagem de otimismo e reconciliação, a música continua: “Eu escolho o poder do perdão. Escolho a paz, estendo mão. Liberdade não se compra, se constrói. E a justiça de verdade não destrói. Reunir famílias, curar a ferida, fazer do amor uma nova saída. Eu escolho a liberdade. Com valentia. Eu escolho Anistia!”.

Até o momento, o STF já emitiu condenações para 503 pessoas envolvidas nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Desse total, 487 ações referem-se a crimes graves, como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, enquanto outros 1.099 processos estão relacionados a delitos considerados menos graves, como incitação ao crime e associação criminosa. Além disso, a Corte contabiliza oito absolvições.