Museu Nacional recebe novo impulso financeiro para reconstrução

A revitalização do Museu Nacional, situado no Rio de Janeiro, avança com a recente aprovação de um significativo aporte financeiro. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) revelou nesta quarta-feira, 2 de abril, que destinará R$ 50 milhões em recursos não reembolsáveis para a recuperação da instituição.

Com essa injeção de capital proveniente do BNDES Fundo Cultural, o total destinado à reconstrução do museu pode alcançar até R$ 100 milhões. A iniciativa visa dar continuidade aos esforços já em curso para restaurar o espaço cultural, que sofreu severos danos em decorrência de um incêndio devastador ocorrido em 2018.

Os projetos que receberão apoio financeiro incluem o restauro do histórico Paço de São Cristóvão, a reforma da Biblioteca Central e diversas iniciativas voltadas à divulgação e ativação cultural. Além disso, parte dos recursos será destinada à criação de um fundo patrimonial, com o objetivo de assegurar a sustentabilidade financeira do museu a longo prazo.

No evento realizado no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, formalizou a liberação imediata de R$ 2,5 milhões, referente ao primeiro desembolso ligado ao financiamento anterior. Na mesma ocasião, a Cosan anunciou seu compromisso com um aporte adicional de R$ 3 milhões para o projeto de restauro.

O Museu Nacional é uma entidade autônoma vinculada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2018, um incêndio comprometeu gravemente a estrutura do edifício histórico localizado na zona norte da cidade. A investigação da Polícia Federal concluiu que as chamas foram provocadas pelo superaquecimento de um aparelho de ar condicionado, destacando falhas no sistema elétrico como fatores contribuintes para o desastre.